terça-feira, 10 de agosto de 2010

11 de agosto - Dia de Santa Clara de Assis



Bula de Canonização de Santa Clara [BCCL]
1[Alexandre, Bispo, servo dos servos de Deus], a todos os veneráveis irmãos Arcebispos e Bispos estabelecidos no Reino da França: [saúde e bênção apostólica].



2Clara, preclara por mérito, clareia claramente no céu pela claridade da grande glória, e na Terra pelo esplendor de sublimes milagres. 3Aqui embaixo cintila a austera e elevada Ordem fundada por Clara, lá no alto, irradia a grandeza de seu prêmio eterno, e sua virtude resplandece para os mortais através de magníficos sinais. 4A esta Clara, na Terra, foi-lhe outorgado o Privilégio da mais alta pobreza; a ela no céu lhe é retribuída uma inestimável profusão de tesouros; a ela é tributada, por todos os fiéis, plena devoção e o máximo de honra. 5Suas obras fúlgidas fazem resplandecer esta Clara aqui na Terra, enquanto que no alto a plenitude da luz divina torna-a luminosa e o estupor de seus prodígios torna-a clara aos povos cristãos. 6Ó Clara, dotada de tais e tantas prerrogativas de claridade! Em verdade, Clara já antes da conversão, mais clara ainda na conversão e preclara na conversação do claustro e resplandecente, enfim, de luz claríssima, após o decurso da presente existência! 7Em Clara, o mundo de hoje tem à sua frente um claro espelho de exemplo; por meio dela, por entre as amenidades celestiais, é oferecido o suave lírio da virgindade; por intermédio dela, na Terra, experimentam-se os remédios manifestos de sua proteção. 8Ó admirável claridade da Bem-aventurada Clara que, com quanto mais empenho é procurada em cada uma das coisas, mais esplendidamente é encontrada em todas! 9Diria que brilhou já no século, mas resplandeceu na Ordem; em casa foi luminosa como um raio, mas no claustro foi cintilante como um fulgor! 10Brilhou em vida, irradia luz após a morte; foi clara na Terra, mas reluzente no Céu! 11Ó quão grande é o ardor dessa luz e quão ardorosa a claridade dessa iluminação! 12Sim, esta luz permanecia encerrada nos segredos do claustro, mas emitia para fora seus raios resplandecentes; recolhia-se nos estreitos limites do convento, mas expandia-se amplamente pelo mundo afora. 13Mantinha-se dentro, mas vertia sua luz para fora. 14Escondia-se Clara, mas aparecia sua vida. Silenciava Clara, mas clamava sua fama. Recolhia-se na cela e tornava-se conhecida cidades afora.
15Nem é de admirar porque uma lâmpada tão coruscante e tão luminosa não podia se esconder sem resplandecer e sem espargir uma clara luminosidade na casa a do Senhor; nem poderia permanecer fechado um frasco com tantos aromas sem que espargisse seus perfumes e impregnasse de suave odor a mansão do Senhor.


( Fontes Franciscanas - Editora Mensageiro )

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