segunda-feira, 25 de outubro de 2010

São Crispim e São Crispiniano

Crispim e Crispiniano eram irmãos de origem romana Cresceram juntos e se converteram ao cristianismo na adolescência. Ganhando a vida no oficio de sapateiro eram muito populares, caridosos e pregavam com ardor a fé que abraçaram. Quando a perseguição aos cristãos ficou mais insistente os dois foram para a Gália, atual França. As tradições seculares contam que durante a fuga, na noite de Natal, os irmãos Crispim e Crispiniano batiam as portas buscando refúgio, mas ninguém os atendia. Finalmente foram abrigados por uma pobre viúva que vivia com um filho. Agradecidos à Deus, quiseram recompensá-la fazendo um novo par de sapatos para o rapazinho.Trabalharam rápido e deixaram o presente perto da lareira. Mas antes de partir, enquanto todos ainda dormiam, Crispim e Crispiniano rezaram pedindo amparo da Providência Divina para aquela viúva e o filho. Ao amanhecer viram que os dois tinham desaparecido e encontraram o par de sapatos cheio de moedas. Quando alcançaram o território francês os dois irmãos se estabeleceram na cidade de Soissons. Alí seguiram uma rotina de dupla jornada, isto é, de dia eram missionários e a noite, ao invés de dormir, trabalhavam numa oficina de calçados para se sustentar e continuar fazendo caridade aos pobres. Quando a cruel perseguição imposta por Roma chegou em Soissons, era época do imperador Diocleciano e a Gália estava sob o governo de Rictiovaro. Os dois irmãos foram acusados e presos. Seus carrascos os torturaram até o limite, exigindo que abandonassem publicamente a fé cristã. Como não o fizeram, foram friamente degolados, ganhando a coroa do martírio. O Martirológio romano registra que as relíquias dos corpos desses dois nobres romanos mártires estavam sepultadas na belíssima igreja de Soissons, construída no século VI . Depois, parte delas foi transportada para Roma onde foram guardadas na igreja de São Lourenço da via Panisperna. A Igreja celebra os Santos Crispim e Crispiniano como padroeiros dos sapateiros no dia 25 de outubro. Essa profissão, uma das mais antiga da humanidade, era muito descriminada, por estar sempre associada ao trabalho dos curtidores e carniceiros. Mas o cristianismo mudou a visão e ela foi resgatada graças o surgimento dos dois santos sapateiros, chamados de mártires franceses.

Fonte: Catolicanet

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