sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Unicef: crianças são as maiores vítimas das mudanças climáticas

As mudanças climáticas e o impacto das catástrofes naturais sobre as crianças no sul da Ásia e no Pacífico foram tema de relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), apresentado nesta semana. As pesquisas foram conduzidas em cinco países: Indonésia, Kiribati, Mongólia, Filipinas e Vanuatu.

O critério que guiou a escolha do campo dessa pesquisa foi a constatação de que 70% das vítimas de desastres naturais vivem nessas regiões do mundo. Segundo o porta-voz do Unicef na Itália, Andrea Iacomini, a pesquisa mostrou que as crianças são as mais atingidas pelas mudanças climáticas, muitas das quais já sofrem com a falta de água potável e estruturas de higiene.

As alterações no clima deverão colocar ainda mais crianças em perigo. As estimativas falam que das 66 milhões de crianças atingidas anualmente no mundo, passaremos a 175 milhões por ano na próxima década.
O documento apresenta outros dados técnicos que ajudam a entender o fenômeno. O nível dos mares, por exemplo, está crescendo a um ritmo de 3,9 milímetros por ano, mas em Vanuatu, esse aumento é de 5,6 milímetros. A ilha da Oceânia, Kiribati, onde fica Vanuatu, poderá ter 80% do seu território inundado no futuro, segundo previsões do Banco Mundial.

Graves danos ainda para a agricultura, muito vulnerável às mudanças de temperatura, às chuvas e também à qualidade da água. E a agricultura representa 50% dos meios de subsistências dessas zonas.

O porta-voz do Unicef destacou ainda que as doenças que mais matam crianças no mundo estão relacionadas às mudanças climáticas e suas consequências. Portanto, o aumento da temperatura global também influencia no aumento das taxas de desnutrição, cólera, diarreias, dengue ou malária.

Como ações para combater as mudanças climáticas, o Unicef sugere que as próprias crianças sejam protagonistas desse movimento, através da educação, da formação e da sensibilização delas próprias, conteúdo que uma vez internalizado será transmitido por elas aos adultos.

Fonte: Rádio Vaticano

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