terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Santa Ágata, modelo a imitar


Na festa de Santa Ágata, o cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado do Vaticano, celebrou a solenidade pontifical na catedral de Catânia, lotada de fiéis, e recordou que os santos não são apenas pessoas a ser veneradas, mas modelos a ser imitados.

A figura e a história da jovem Ágata foi apresentada para o mundo de hoje, especialmente no contexto do diálogo com os jovens que estão em busca de um ideal e de pontos firmes de referência.

A emergência educacional, que orienta o ministério pastoral da Igreja italiana, foi recordada na referência à exemplaridade de Ágata, mártir e testemunha do Evangelho e da fidelidade a Cristo.

O mal que corrompe a juventude de hoje é o niilismo, disse Bertone, e a resposta que os educadores de adultos deverão dar a ele é uma clara referência aos valores.

A jovem Ágata, que traz no próprio nome uma mensagem de bondade, incorporou os sinais da vida evangélica e se tornou uma testemunha e uma educadora. Educar para a vida santa do Evangelho, tema do programa pastoral do episcopado italiano para este ano, encontra um modelo crível e concreto em Santa Ágata.

O apelo do Secretário de Estado para que a família recupere o seu papel na educação e para que todas as instituições formativas, da escola às associações, orientem os jovens na busca dos valores fundamentais, ressoou forte e poderoso na Igreja de Catânia e em toda a sociedade.

A verdadeira crise não é econômica, mas educativa, e precisa de professores exemplares e de ​​ambientes saudáveis de aprendizagem. A escolha pedagógica de Dom Bosco, que educava também através do esporte, requer novas formas de presença na educação dos jovens para fazer deles "bons cristãos e honestos cidadãos".

“A escolha livre e madura da virgindade por Cristo, amadurecida na escuta da sua Palavra, no diálogo da oração e no encontro eucarístico”, constituem ações concretas, inspiradas no testemunho de Santa Ágata, destacou Dom Giuseppe Sciacca, secretário-geral do Governatorato da Cidade do Vaticano, também presente, como bispo nascido na Sicília, na celebração solene da padroeira de Catânia.

A lição de castidade e de pureza, disse Sciacca, nos lembra a "primazia da dignidade humana em suas exigências inalienáveis ​​e invioláveis ​​da liberdade, a partir da liberdade primária: a religiosa. Numa cultura que vende o corpo, não hesitando em torná-lo objeto de torpe escambo, de perversão e de detestável ofensa; em uma sociedade que perdeu o senso do pecado e que, na esteira do relativismo desenfreado, considera lícito tudo o que dá prazer, a virgem Ágata se mostra um modelo de coragem que se alimenta de renúncia, de mortificação e de sacrifício. O respeito da corporalidade própria e alheia, transformada pelo batismo em templo da presença de Deus, exige novas formas de relações, novos estilos de comunicação, um novo alfabeto, capaz de expressar a dignidade da mulher, muitas vezes reduzida a mercadoria de consumo.

A poderosa intercessão da mártir Ágata, milagrosamente curada pelo apóstolo Pedro após o corte da mama, se estenda sobre toda a Igreja e, de Catânia, espalhe a lição de Ágata, que tornou-se com o martírio um presente para a comunidade e uma mestra da fé, prosseguiu o bispo.

A devoção a Santa Ágata é ensinada em Catânia desde a infância dos habitantes, e, com especial atenção, o cardeal Bertone abençoou os muitos filhos de Catânia que usam o hábito dos devotos da santa, como numa especial apresentação no templo e um ritual de consagração a ela, que os pais fazem com devoção e com responsabilidade educacional. Educar na fé, que se manifesta através da devoção à mártir Ágata, é um compromisso dos pais e uma prática de preparação para o ano da fé, que merece especial atenção pastoral.

Apesar do mau tempo, a solenidade permitiu que muitos fiéis se encontrassem com o rosto doce e bom da virgem Ágata. Junto com o relicário que percorreu as ruas da cidade, a santa padroeira espalhou bênçãos e sinais de positiva religiosidade no coração das pessoas que gritavam “Viva Santa Ágata!”. No final da festa, o relicário foi reservado na capela. Permanece forte no coração do povo de Catânia o desejo da próxima festa, para poderem reencontrar a “santuzza” de “boca que parece rosa e de olhos que brilham como duas estrelas”.

Giuseppe Adernò
FONTE: ZENIT

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