sábado, 13 de novembro de 2010

Cristãos feridos no Iraque são acolhidos em hospitais de Roma

Chegou a Roma, nesta sexta-feira, 12, um grupo de 26 cristãos iraquianos feridos no ataque de Al-Qaeda contra a Catedral sírio-católica de Bagdá, que causou a morte de 68 pessoas. Os feridos foram transferidos para a Policlínica Gemelli, na capital italiana, onde receberão todo o tratamento necessário. O anúncio foi feito pelo Ministério de Relações Exteriores italiano, explicando que o ministro Franco Frattini acolheu o apelo feito pelo Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone. Ainda ontem, o governo da região da Toscana se dispôs a acolher os feridos graves que não podem ser curados e iniciar relações e intercâmbios entre os hospitais da Toscana e de Bagdá. A partida do grupo da capital do Iraque coincidiu com uma Missa em memória das 19 vítimas italianas do massacre de Nasiriyah, celebrada precisamente na Catedral sírio-católica. Participou da Celebração, por ocasião do sétimo aniversário do ataque, o embaixador italiano no Iraque, Gerardo Carante.Enquanto isso, a situação continua dramática para a comunidade cristã no país do Golfo. O Arcebispo caldeu de Mossul, Dom Emil Shimoun Nona, - destacou à agência Sir - que “os cristãos têm medo porque sabem o que significa ser vítima de violência, já que eles vivem isso na própria pele”. Segundo o prelado, “a maioria dos cristãos não pensa, no momento, em deixar a cidade, apesar de alguns já terem feito isso”. Contudo, diz Dom Emil, “não basta o reforço da segurança ao redor das igrejas e lugares de culto cristãos em Mosul, decidido, após o massacre na igreja em Bagdá, para tranquilizar os fiéis”.Neste contexto, acrescentou o arcebispo, “estamos felizes de que a Conferência Episcopal Italiana (CEI), tenha promovido para o próximo 21 de novembro um dia de oração pelos cristãos perseguidos e seus perseguidores. Esperamos que a iniciativa seja adotada também em outros países”.O bispo saúda, enfim, com satisfação, a formação do novo governo após oito meses de impasse institucional: “A presença de um governo forte e respeitável deveria também ter um impacto positivo sobre a situação dos cristãos. Até agora, os grupos extremistas têm feito o que querem, agora vamos esperar que a situação melhore em termos de segurança e estabilidade”.

FONTE: Canção Nova

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