segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Sobreviventes de ataque à catedral querem retornar a Bagdá

O sacerdote sírio-católico, Georges Jahola responsável em Roma pelos sobreviventes do massacre perpetrado por extremistas muçulmanos na Catedral de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro de Bagdá no último 31 de outubro que deixou um saldo de 58 mortos. Padre Georges assinala que esses cristãos voltarão para o Iraque “mesmo que isso lhes custe a vida”.Em entrevista concedida à agência ACI Prensa, Padre Georges, que estuda atualmente em Roma e também serve de elo entre os sobreviventes e suas famílias na Policlínica Gemelli, assinala que “os cristãos no Iraque estão se extinguindo e parece que este país será somente muçulmano”.Sobre os cristãos que ainda resistem contra a onda de violência islâmica nesse país de Oriente Médio, o sacerdote disse que querem ir embora porque já não se sentem seguros. “Podem ver que já não há lugar para os cristãos no Iraque. Inclusive para nós como Igreja, não podemos negá-lo”.Sobre os sobreviventes que já foram curados e que podem partir de retorno à casa, Padre Georges comenta que o fazem porque não concebem a idéia de viver em outro lugar. “Mesmo que isso lhes custe a vida”, acrescenta.O sacerdote relatou também que circulam entre os iraquianos que saem do país algumas historias sobre fatos de que os extremistas muçulmanos marcaram com cruzes vermelhas as casas dos cristãos. Em sua opinião estas marcas dos radicais islâmicos procuram dar a seguinte mensagem: “estas pessoas ainda estão na Igreja, ainda estão vivos, ainda precisamos eliminá-los”.Depois de criticar os muros que o governo do Iraque constrói ao redor de alguns templos cristãos, o sacerdote comenta que “é alarmante que um grupo étnico – um povo que fala o antigo aramaico e tem raízes cristãs – esteja sendo extinto do mundo e ninguém intervenha diante disto”.

Fonte: Rádio Vaticano
I

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