sábado, 20 de agosto de 2011

Católicos e Mulçumanos contribuem para a reconciliação na Guiné-Conacri

O Arcebispo de Conacri, Dom Vincent Coulibaly, e o chefe da grande mesquita Fayçal de Conacri, o imâme El Hadj Mamadou Camara, foram nomeados pelo chefe de Estado, Alpha Condé, como presidentes de uma comissão provisória encarregada de refletir sobre a viabilidade da reconciliação na Guiné-Conacri.



A decisão de nomear Dom Coulibaly e o imâme – declarou o Primeiro-Ministro Mohamed Said Fofana – foi do presidente. A comissão deverá desde o início envolver e sensibilizar os representantes das diversas comunidades e de todas as classes sociais da Guiné-Conacri e, em seguida, apresentar propostas concretas para a reconciliação nacional.
“Temos mais de meio século de uma bagagem hereditária que pesa sobre nossas costas - afirmou o premiê Fofana - e por isso é preciso que a população esteja psicologicamente preparada e seja capaz de aceitar a verdade e perdoar-se”.



O presidente Condé, ex-professor de direito na Universidade de Sorbona, é favorável À reconciliação e um forte opositor de todas as ditaduras. Em 1970 foi condenado à morte. De volta a seu país no início dos anos 90, depois de mais de 30 anos de exílio na França, passou dois anos na prisão.



Vencidas as primeiras eleições livres na Guiné-Conacri, a situação convenceu Alpha Condé a colocar a reconciliação nacional como primeiro ítem de sua agenda política. Por diversas vezes, o presidente disse que a “Guiné-Conacri não está para uma reconstrução, e sim para uma construção”.

Apesar de suas imensas riquezas minerais, a Guiné-Conacri está longe da auto-suficiência alimentar. Metade da população vive abaixo da linha da pobreza.

O presidente Condé prevê ainda a criação de uma Conferência para a verdade e a reconciliação sobre os crimes cometidos durante a história da Guiné-Conacri independente.

Fonte: Rádio Vaticano


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